Comumente, nós mulheres, nos exercitamos, comemos bem, tentamos (na medida do possível) ter uma vida balanceada. Mas com o tempo, nosso corpo não responde da mesma forma. O peso já não é tão facilmente controlado. Junto ao peso, as dores articulares, a falta de vontade de nos movimentarmos como antes…
A habilidade do nosso corpo de converter calorias em energia diminui com a idade, especialmente após menopausa, quando a maioria das mulheres tem um aumento de peso de 5 a 8%. Quando jovem, seus hormônios femininos distribuem o excesso de calorias nos quadris e bumbum. Com a perda desses hormônios, essa gordura vai para a linha abdominal.
Estudos vem demonstrando algumas mudanças em paradigmas antigos. Dr. Herman Pontzer, PhD, mostra que o ritmo metabólico se mantém constante dos 20 até os 60 anos. Esses estudos estão sendo considerados muito importantes entre as pesquisas sobre o metabolismo humano. Ele relata que o exercício não é necessariamente o fator crucial para a perda de peso. O exercício é muito importante para outros motivos também, como manter o corpo saudável, e não ganhar peso.
Os seres humanos queimam calorias de uma forma muito parecida – no mundo todo. Sua atividade física gasta a energia em excesso produzida pelo corpo, mas quando a pessoa não está gastando com atividades físicas, no que está gastando? Processos inflamatórios, reatividade ao estresse, por exemplo, podem virar o foco dessa energia. Dr. Ponzer afirma que, o movimento muscular é somente uma das fontes de gasto de energia, fora o sistema imunológico, respiratório, seu cérebro…isso é o metabolismo do corpo, não somente o exercício físico.
Mas não é tão simples assim. As diferenças individuais contam, e muito! A massa corporal e gordura corpórea estão entre as diferenças mais importantes. Além disso, existem muitos distúrbios que podem levar ao aumento do peso. Hormônios tireoidianos desregulados, por exemplo. Além da preocupação com o peso corporal, seu metabolismo pode sofrer por deficiências que não nos damos conta, como uma vitamina D baixa, estrogênio, etc. A queda da testosterona, por exemplo, pode diminuir a massa magra – pois esse hormônio ajuda a queimar gordura antes de queimar músculo, e também diminui o risco de resistência insulínica, que leva ao aumento da gordura abdominal. Isso pode, a longo prazo, aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Então se seu peso aumentou antes dos 60, é metabolismo? Pelo que estamos aprendendo com a ciência, pode não ser. Existe a possibilidade de estarmos comendo e bebendo mais, nos exercitando menos… A ideia aqui é saber se seus hormônios estão bem, se os exercícios estão apropriados e se a dieta está balanceada. A resposta é controle. Quanto mais tivermos isso sobre nosso corpo e mente, mais teremos o bem-estar que estamos procurando.
O que fazer? O estilo de vida ideal é difícil saber qual é. Precisamos nos informar sobre o que aprendemos e sobre o que é nos apresentado como verdade. Cuidado com os extremos; difícil é acreditar naquelas fórmulas miraculosas!
Idealmente se manter fisicamente ativa, sempre. Não somente com aquela meia horinha de exercícios físicos, mas se movimentar durante o dia sempre que puder.
Evitar alimentos processadas. Esses não deixam você se sentir saciada, pois os sabores são feitos para te deixar com vontade de comer mais. Pobre em proteínas e fibras. Alto em açúcar. Podemos manter uma dieta equilibrada, com uma ingestão de acordo com seu gasto calórico.
Precisamos nos alimentar bem e nos exercitar. Mente feliz e corpo saudável! Cuide-se.